Obtenção de dados qualitativos e quantitativos a partir da observação e anotação durante um período de tempo em um ou mais cruzamentos na cidade.

Cultura da Bicicleta
Articulação Institucional
Incidência Política
Plataforma de Contagem
A Ameciclo utiliza a plataforma de contagem em sistema de dados abertos para serem usados pela mídia, academia ou quaisquer pessoa que assim deseje.
Av. Beberibe x Av. Prof. José dos Anjos
Nessa contagem realizada em 2013, ano de fundação da Ameciclo, foram registrados 3.723 ciclistas no total, sendo registrado o máximo de 490 em 1 hora. Desse número, 5,8% foi o percentual de mulheres registrado. O número de crianças e adolescentes é de 0,3% e 4,5% dos ciclistas estavam utilizando capacete. Além disso, foi possível observar que 3,1% estavam utilizando a bicicleta à serviço (apps de entrega, no geral) e 9,9% eram de cargueiras. Também foi registrado 7,8% de ciclistas na contramão e nenhum foi registrado transitando pela calçada.
Av. Cosme Viana x 21 de Abril
Na maior contagem já realizada pela Ameciclo, em 2019, registramos 4.305 ciclistas, sendo 471 o máximo em 1 hora. Desse número, 8,1% foi o percentual de mulheres registrado. O número de crianças e adolescentes é de 2,7% e 6,7% dos ciclistas estavam utilizando capacete. Além disso, foi possível observar que 3,4% estavam utilizando a bicicleta à serviço (apps de entrega, no geral) e 18,6% eram de cargueiras. Também foi registrado o alarmante percentual de 28,7% de ciclistas na contramão e 1,5% foram observados transitando na calçada.
Rua Padre Lemos x Estrada do Arraial
Nesse importante ponto da cidade, registramos 3.314 ciclistas, sendo 491 o máximo em 1 hora. Desse número, 6,3% foi o percentual de mulheres registrado. O número de crianças e adolescentes é de 0,9% e 2,9% dos ciclistas estavam utilizando capacete. Além disso, foi possível observar que 7,2% estavam utilizando a bicicleta à serviço (apps de entrega, no geral) e 15,4% eram de cargueiras. Também foi registrado 10,4% de ciclistas na contramão e 1% foram observados transitando na calçada.

A captação de dados sobre o uso da bicicleta sempre foi bastante precário nas cidades brasileiras, Recife inclusa. Quando da construção do Plano Diretor Cicloviário a metodologia não previa sequer uma contagem de ciclistas por causa do orçamento, a Ameciclo mostrou que era possível fazendo 3 contagens simultâneas em pontos nas Graças, Beberibe e Cordeiro, de forma voluntária. A partir da adaptação da metodologia de contagens da Transporte Ativo, já são mais de 40 contagens realizadas em 27 pontos diferentes da cidade, chegando a mais de 80 mil ciclistas contadas e contados no total e observando locais que passam mais de 4000 pessoas pedalando no intervalo de 14 horas.

É um trabalho majoritariamente voluntário, onde são observadas as pessoas que passam de bicicleta por um cruzamento da cidade, não só anotando as direções de fluxo, mas também questões qualitativas como gênero e idade aparente, tipo de bicicleta, uso de equipamentos, forma do uso, presença de carona e se estava a serviço, além de outras curiosidades. É um trabalho bem interessante de se ver, pois é dedicar parte do seu dia para observar a rua, o movimento e, principalmente, como as pessoas usam a bicicleta. Os dados são utilizados para a incidência política, mediante o embasamento técnico sobre o uso da bicicleta, a geração de notícias do assunto e subsidiando a argumentação por estruturas mais seguras para quem pedala.